Sexta-feira vi o documentário sobre o Joy Divison no festival "É tudo verdade". Não se trata do filme que passou no Festival do Rio, que chama-se "Controle". Esse é realmente um documentário, com entrevistas, cenas da época e depoimentos. E é maravilhoso. Por várias razões. Como dizem no filme, foi a primeira banda emergida do movimento punk a ir além do "fuck you". O Joy Division dizia "I`m`fucked". E com estilo. As letras do gênio atormentado Ian Curtis referiam de William Blake a Nietzche, passando por William Burroughs de quem inclusive levou um fora certa noite, quando tentara um autógrafo. J.G. Ballard também estava na estante de Ian. "Atrocity Exhibition", um de seus livros, é título de uma música da banda.


Asylums with doors open wide,
Where people had paid to see inside,
For entertainment they wath his body twist,
Behind his eyes he says, 'I still exist.'

This is the way, step inside.


O filme tem uma edição ótima. Faz umas fusões de imagens que contrapõem a Manchester moderna e cosmopolita de hoje, com a Manchester de outrora, uma cidade dura, fria, desumanizada por uma Revolução Industrial que parecia não ter esse nome à toa. A impressão que se tinha era que a indústria, as máquinas, haviam se rebelado e feito elas mesmo uma revolução, onde o ser humano era a última preocupação, e o progresso a primeira.

Os depoimentos do filme dizem que a sensação ao ouvir as primeiras notas de "Unknown Pleasures", disco de estréia da banda, cuja capa antológica abre o post, era de uma estranha surpresa. Manchester com todo seu emaranhado de concreto, vigas, lixo e pobreza virava música. Era como abrir a janela e ver o que estava lá fora, só que com um pouco mais de esperança talvez.

Ian Curtis no palco me fez repensar o impacto de uma performance ao vivo. O jeito que se comportava era uma declaração de intimidade com a platéia rara em muitos amantes. Ian despia-se de qualquer intermédio entre ele e o público. Entrava em transe enquanto deixava seus instintos mais recônditos emergirem em forma de dança descontrolada. Entrega total. Não se sabia se era mais um de seus ataques epiléticos ou uma coreografia. Às vezes nem ele sabia. Sua voz monocórdica era na verdade cheia de nuances, denunciava toda a melancolia de sua vida, que não era pouca. Bipolar, teve que optar entre a esposa Deborah e a amante Annik, a banda e a família, a vida ou a morte. Tomou a decisão que acabaria com todas as outras opções. Suicidou-se quando tinha 25 anos.

Que bom que sobrou o New Order, grupo que os três integrantes remascentes montaram e que toca até hoje.

Recomendo o filme, recomendo a banda. Recomendo tudo que como os dois, mostre o bem que há no mal. O sujo que há no limpo. O céu que há no inferno.

Trailer:







Nove noites (você vai entender porque não falei "dias") para o lançamento do novo álbum do REM "Accelarate". Quem me conhece um pouco sabe que sou fã incondicional da banda, a ponto de colocá-la no meutop 5 ocasioalmente. Michael Stipe tem o dom de falar sobre os grandes temas da vida de maneira leve e simples. É filosofia que dá para assoviar.

Eles voltam agora depois de "Around the Sun", que pouca gente gostou, fazendo jus ao nome do disco e metendo o pé. "Accelerate" já está causando um certo rebuliço lá fora, talvez por causa da campanha de lançamento genial que o cerca. Além do seu site oficial a banda lançou três outros: supernaturalsuperserious, ninetynights e remaccelerate.

O primeiro é o mais interessante. O design é primoroso e muda de cor a cada vez que você o abre. O conteúdo consiste em doze experiências emvídeo deles tocando o single que dá nome ao site, em diferentes versões e diferentes locais. O legal é que você pode brincar com os videos simultaneamente, formando um mosaico de imagens que você mesmo edita.Tem em formato acústico, plugado, com todos ou alguns instrumentos. As filmagens seguem uma estética meio "youtube" mas não deixam de ser belas. Você pode escutar e ver "Supernatural Superserious" no estúdio, numa bruschetteria, no Lower East Side deNova York, nas ruas de Houston, numa loja de vinhos, dentro do carroou de uma loja. Parte do material faz parte do filme que o diretor Vicent Moon fez do grupo, entitulado Six Days, que vai estreiar na exposição sobre o REM no ICA (Institute of Contemporary Arts) em Londres. Pouco cool, hein. Isso tudo sem falar na música, que é ótima. Dê play e comprove. Dou três escutadas para você decorar a melodia, mas três anos para você enjoar dela. Boa música pop é assim. REM também.

Já o ninetynights é uma contagem regressiva até 1º de abril, quando"Accelerate" será posto nas lojas (claro que você já pode escutá-lo no programa de download mais perto de você). Durante noventa dias, ou melhor, noites, foram postados vídeos diversos da banda, com previews de algumas canções. Estamos agora na noite número 83, logo 7 more to go.

remaccelerate, o terceiro deles, é um hotsite com as novidades das gravações, mais videos, mais músicas e a agenda do grupo. Claro que,Brasil que é bom, nada. E eu não vi o show deles no Rock in Rio. Vi outros que não vou dizer.


Eu ainda ia falar de Portishead, Charles Bukowski, Duffy e The Twelves, mas aí seria muita coisa boa para um post só. Fica pra próxima.





O calor parece estar mais forte do que nunca e o chão de cimento começa a arder, porém a menina parece não perceber que suas costas fritam no concreto. Seus olhos não abrem. O dia estava extremamente claro e o piso da quadra parecia um espelho pra toda aquela luz. A cena toda é afundada num branco cego, como se os raios solares tivessem se liquefeito e inundassem tudo. Portanto, não se sabe se seus olhos não se abriam devido à claridade, ao tombo que recém tomara, ou ainda ao álcool que lhe nublava a consciência. Suas têmperas, assim como seu corpo, estavam inundados de suor. Ou de cerveja. Ou dos dois. A expressão de cada um dos amigos que ali estava, não denotava que no meio deles encontrava-se uma pré-adolescente inconsciente. Diante da incapacidade ou falta de vontade de a por em pé, a apatia domina o momento.

E agora ? O que a gente faz ?
Sei lá ...Taca fogo.
Fogo? Sério?!
É,
taca fogo nessa porra.

Um isqueiro aceso, com uma pequena chama é lançado por um dos amigos. A combustão é imediata. Parece que suor e cerveja são o combustível ideal para se queimar uma jovem menina bêbada. Logo o corpo da garota desaparece, dando lugar a uma gigantesca fogueira. No entanto, não há o cheiro insuportável e os gritos desesperados que se espera de um corpo humano sendo queimado vivo. Pelo menos ninguém sentiu ou ouviu nada. Os amigos observam a triste cena impassíveis. Mais uma vez, a velocidade é de câmera lenta. Os rostos de cada um apresentam os mesmos traços de quando chegaram no churrasco, porém um pouco mais suados. O som das gargalhadas dá lugar a um silêncio profundo abalado somente pelo som da queima de tecido humano. Não há surpresa, nem pavor, nem nada parecido com uma reação vindo dos rapazes. Ausência total de tudo. Cessado o fogo que, curto e intenso, apagou-se em menos de dois minutos, o chão antes cinza de cimento é agora preto de carvão. Restam ali, as cinzas da menina. Cinzas bem claras, quase brancas. Eram bem pequenas, parecidas com pedacinhos de papel rasgados de uma folha de caderno.

E agora?!
Sei lá...
Bota na água que cresce de novo.
As cinzas?
É, pô.

Um dos amigos, Paulinho, pega as cinzas com cuidado e as joga na piscina de plástico. Algumas ainda esvoaçam de sua mão antes de serem atiradas. Todos assistem a cena, com emoção semelhante a de um ateu que assiste uma missa. Impávidos, eles seguem para fora da quadra. Um dos amigos (o que tivera a idéia do que fazer com os restos da menina) ainda vira a cabeça e olha para o conteúdo da piscina. As cinzas, pequenos pedaços de papel, bóiam na água limpa e calma – a mais clara e refrescante que você já viu. E assim permanecem.





Era um domingo de um mês qualquer, assolado pelo habitual calor insuportável daquela cidade. Um grupo de amigos ia a uma festa, um churrasco no clube. O evento começaria na parte da manhã e iria até a hora da cerveja acabar. Esses amigos se interessavam por política, música e artes. Alguns mais, outros menos. Uns muito, outros pouco. Na festa, pulos olímpicos na piscina, conversas indecentes e carne vermelha no prato se alternavam. Definitavemente não se tratava de uma juventude transviada. São todos bons filhos, passaram no vestibular e mantém o quarto arrumado. Alguns inclusive eram religiosos e iam para a igreja ainda nesse dia, após a cerveja/festa acabar. As horas vão passando e aquela sensação de que tudo está certo plaina placidamente. Um olhar exterior podia muito bem confundir a cena com uma propaganda de pasta de dente, com sorrisos infinitos e felicidade transbordando da piscina – a piscina com a água mais clara e refrescante que você já viu. Tudo embalado em ritmo lento, em slow motion. O grupo de grandes amigos conversa sobre as eleições desse ano e toda a pobreza de espírito dos governantes desse país. São jovens esclarecidos.

Após horas na piscina, eles decidem ir para a quadra do clube, jogar bola numa quadra de cimento. Quando estavam para iniciar o jogo, percebem uma piscina de plástico numa parte do campo, quase em frente a um dos gols. Era uma daquelas piscinas em tons de azul, pouco resistente, com validade máxima de um verão. Estava ali, enchida pela metade, sobre a quadra cinza. No entanto, nenhum deles pareceu estranhar o fato da piscina estar ali, sem gente, na quadra. Na verdade, todos eles encararam o fato como se em todas as quadras cinzas de futebol, de todos os clubes, houvesse sempre uma piscina de plástico semivazia perto de um dos gols. A idéia do jogo é rápida e facilmente esquecida.

É, então, que um dos amigos avista uma menina que se aproxima cambaleado da quadra. O que era um borrão avistado de longe, aos poucos vai tomando forma e delineando um corpo de uma moça. Bonita. Está visivelmente fora de si. Tropeça e fala besteiras, mas ninguém presta muita atenção nisso. Como dito, a moça é atraente. Uma morena com um pequeno bikini azul. Algumas palavras sem importância são trocadas, interrompidas por soluços bêbados, mas o que mais se escuta são as gargalhadas esporrentas dos amigos diante da cena. Um deles, passa seus braços em volta do corpo esguio da menina e tenta dar-lhe um beijo. Ela o empurra de forma desengonçada e ele a respeita. Mais gargalhadas. Depois é a vez de um outro amigo tentar tirar algum proveito. Dessa vez, a mocinha parece nem sentir a mão pesada e áspera que repousa em sua coxa. Os amigos fazem uma espécie de círculo desarrumado em volta da menina, onde risadas, passadas de mão e palavras alternam-se. Uma hora os olhos dela começam a fechar-se e seu corpo a perder a força. Ela cai no chão, mas tomba lentamente, já que algumas mãos (bobas) amortecem sua queda. Com a menina prostrada no chão, os amigos não mudam de posição.





Tou precisando deles de volta. Me devolve, por favor. É, todos eles. Os bons, ruins, velhos, os mais novos. Os de hoje de manhã! Porra, preciso dos de hoje de manhã de qualquer jeito, foram maravilhosos e eu sei que não vou vê-la de novo e isso vai ser foda. Mas que puta sacanagem comigo. Isso não se faz. Você vem, leva tudo, não diz nada. E pra que levar? São meus, não são? ou eram? Porra. Eu preciso deles, sério mesmo. Foi muito de repente, não esperava. Como vou fazer agora? Tudo bem, de vez em quando é até bom que você leve alguns . A cabeça deita mais tranqüila no travesseiro, relaxo, o coração fica mais acalmado mas depende da situação. Não tem como me perguntar antes se eu quero mantê-los ou não? Vira e mexe você tira o que não era para tirar e deixa o que não era para deixar. É muita falta de consideração.

Me dá de volta. Todos os Momentos.

Tempo filho da puta.





vaga-lumes estáticos são postes de luz mendigos são os que mais lêem peixaria vende frango de padaria estádio de futebol abriga feirinha semanal de moda calçada é banheiro de homens & cães um supermercado chama-se Império da Banha há mais de 4 farmácias em menos de 100 metros há mais de 4 agências bancárias em menos de 50 metros. isso significa que nas ruas que enquadram a base do meu prédio prefere-se dinheiro a saúde, mas na verdade não há nem um nem o outro. nas ruas que enquadram a base do meu prédio garotos não vão à escola mas trabalham no lava-jato tem uma filial da Curves uma loja de sapatos que nunca vendeu um par sequer uma loja de tortas & salgados cujo dono é gay e a mãe que fica no caixa não sabe que fica em frente a um boteco que fecha cedo e não vende fiado então acho que não é um boteco que fica ao lado de uma casa de tarô que fica ao lado da casa meu ex-professor de guitarra que eu não sei por onde anda então talvez seja a ex-casa do meu ex-professor de guitarra. nas ruas que enquadram a base do meu prédio tem uma loja onde enquadro meus pôsteres, um restaurante bom & barato um caro & ruim e outro que nunca fui. nas ruas que enquadram a base do meu prédio eu não vejo “tudo enquadrado remoto controle”e nem a Adriana Calcanhoto mas vejo velhinhos que fazem ginástica na mesma praça que skatistas andam pulam e caem. nas ruas que enquadram a base do meu prédio ainda tem feira aos domingos ainda tem casas mas não muitas mas não o suficiente. nas ruas que enquadram a base do meu prédio eu não me enquadro.





um pássaro na mão do que dois voando. agora os prendem em gaiolas mesmo.





Erro crasso

eu juro que nunca
nunca
escreverei um poema

ops


Vida eterna

às vezes
o fim da vida
não é o começo da morte

às vezes
o fim da vida
é o começo da vida

dos outros


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às vezes
a vida é tão ruim
tão ruim
que nem os meios

justificam seu fim





Tácito e Plácido eram amigos. Conheceram-se ainda na escola, onde suas existências eram ignoradas pelos colegas, pelas meninas, pelos professores e pelo vendedor de pipoca que ficava na porta do Colégio Sagrado Coração. Tácito era silencioso, calado, secreto, filho do igualmente discreto seu Taciturno. Já Plácido poderia ser descrito como um menino tranqüilo, sossegado, pacífico. Seu pai, seu Sereno, gostava do nome que tinha escolhido para o filho. Desde pequeno, achava “plácidas” a palavra mais bonita do hino nacional. Não sabe até hoje direito o que ela significa, mas se lembra bem da sensação estranha e gostosa que sentia quando, toda sexta-feira, no pátio da escola, cantava o verso com sua palavra predileta. Porém, como o não planejado rebento que apareceu naquele 30 de dezembro era homem, e apenas um, deu-lhe o nome de Plácido mesmo, torcendo para que na próxima vez sua mulher desse à luz duas meninas gêmeas.

Tácito e Plácido, diferente de todo o resto da escola, da vizinhança e do país, não gostavam de futebol. Preferiam a atividades menos barulhentas e mais introspectivas, como jogar videogame. Plácido não falava muito; Tácito não falava nunca. A não ser um com o outro. Foram amigos por mais de trinta anos, com alguns poucos desencontros. Tácito, após a faculdade de Letras, decidiu dedicar-se à literatura, percebendo que como professor não ia dar muito o que falar, uma vez que ele próprio não falava muito. Neste período, não fazia outra coisa além de ler e escrever. O que Tácito não conseguia falar (o que era quase tudo), ele escrevia. Enquanto isso, Plácido ocupava seu tempo livre (que era praticamente todo o tempo que tinha) com sua primeira e única namorada, Aturdida, que conheceu num show de rock. Apesar de não combinarem muito o relacionamento durou. Durou bem pouco. Aturdida não agüentava mais a morosidade do namorado e acabou apaixonando-se pelo vocalista da mesma banda de rock que tocava na noite que conheceu Plácido.

- Plácido, não gosto mais de você. Na verdade, acho que nunca gostei. Estou apaixonada pelo vocalista de uma banda de rock, estamos indo morar em Nova York. Combina mais comigo.

Plácido, calmo que era, não respondeu nada, mas pensou em duas coisas: “os opostos não se atraem porra nenhuma e eu acho que gosto mesmo é de reggae. Combina mais comigo.”

Depois disso, Plácido encontrou a si e a seus semelhantes na Bahia, e por lá foi morar. Vive perto da praia, onde em meio a um baseado, ou dois, fica o tempo todo vendo o tempo passar. Até hoje não sabe muito bem o significado do verso “ouviram do Ipiranga às margens plácidas”, mas fica feliz por ter sido filho único. Uma vez ou outra, pensa que poderia ter corrido mais atrás das coisas, ter sido mais pró-ativo, quem sabe até, ir atrás de seu grande amor, Aturdida. Os pensamentos, porém, vão e vêm, como as ondas que Plácido observa, sem reação, da janela de seu casebre azul bebê desbotado e descascado.

Já Tácito se parece cada vez mais com seu pai, seu Taciturno, um homem que na frente de toda a família, em seus últimos momentos de vida, quando podia dizer qualquer coisa que quisesse, não disse nada. Deixou apenas um recado: o silêncio. A morte do pai deixou Tácito ainda mais recluso. Passou a dedicar-se integralmente a sua primeira e única namorada, a Literatura, que na prática lhe era ingrata: Tácito nunca teve nenhum de seus textos publicados, ou sequer lidos. A não ser por Plácido que, na verdade, não entendia nada da prosa obscura de seu amigo.

Recentemente, Tácito decidiu sair de seu minúsculo e escuro apartamento e visitar Plácido na Bahia. O encontro foi como haveria de ser. Como nos velhos tempos, sem muitas palavras, sem muita ação. Plácido queria que Tácito visse as ondas que ele tanto gosta de observar, mas o mar estava calmo, quase estático. Neste momento, ambos perceberam, que mesmo depois de tanto tempo, pouca coisa havia mudado em suas vidas. Não faziam muita coisa, além de ser o que são. Como sempre, um, plácido, o outro, tácito.





Neste primeiro de não-sei-quantos-acho-que-poucos-espero-que-muitos-vamos-ver posts, acho que deveria explicar, pelo menos, o objetivo e o título desse blog.

Então, que rufem os tambores. Preparem-se. Sentem na cadeira e coloquem o cinto de segurança. O objetivo desse blog é... ser um blog. Ah-há! "Que idiota", você está pensando. Idiota sim, mas um idiota com blog a partir de agora. Portanto, mais respeito.

Mas, sério, o que vocês esperam de um blog? Nada, certo? Ou tudo. Pois, entre escritos sem graça, com graça e outras coisas randômicas, estarão expostas aqui, para deleite e escárnio geral da nação, não as suas, nem as nossas, mas as minhas abobrinhas, que prepotentes que são, se auto-clamam abóboras. Abóbora.


Pronto. Terra revirada, semente jogada. Agora é torcer para não dar praga.